top of page

Roda de conversa com Cristina Mascarenhas

  • Foto do escritor: PET Letras UFGD
    PET Letras UFGD
  • 10 de abr. de 2022
  • 12 min de leitura

Atualizado: 7 de mar. de 2023

Contando a história do PET Letras

No dia 28 de março, o PET Letras recebeu a visita da petiana egressa Cristina Mascarenhas da Silva. Na ocasião, Cristina contou sobre sua trajetória no Programa de Educação Tutorial. Esta atividade faz parte do projeto “Roda de conversa: contando a história do PET Letras” que visa registrar as vivências significativas do grupo ao longo de sua história por meio de entrevistas com os(as) egressos(as). Confira na íntegra o relato de Cristina Mascarenhas.

Meu nome é Cristina Mascarenhas da Silva, atualmente eu sou doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras, da UNESP-Assis, sou bolsista CAPES. O meu projeto está vinculado a linha Fontes Primárias e História Literária. Eu trabalho com um texto em latim, sobre o Pe. José de Anchieta, esse trabalho eu desenvolvo desde a graduação em Letras, na FACALE.

Além do trabalho com a minha pesquisa, eu desenvolvo atividades no grupo a que estou vinculada – GPMILA (Grupo de Pesquisa Manuscrito-Impresso Luso-americano), em que colaboro com a revisão de manuscritos literários produzidos em Portugal e/ou na América, durante o período colonial.

Eu me graduei em Letras-Literatura, concluí o curso em 2011. Na época, a diferença do meu ingresso para como ocorre atualmente, é que nós escolhíamos a habilitação no ato da inscrição para o vestibular, não havia essa particularidade de cursar disciplinais mais gerais e, somente depois, escolher a habilitação. Por isso, fica bem evidente a minha opção pela Literatura.

O meu ingresso no PET-Letras se deu por motivo de um convite, já que precisavam de um número mínimo de bolsistas para abertura do programa e, provavelmente por ser algo novo, não houve muita procura. Por isso, me convidaram, eu fiz a seleção e fui aprovada. Eu estava me encaminhando para o 4.º ano, já que a implantação do PET se deu em dezembro de 2010, e a ideia era que os petianos ficassem pelo menos 2 anos.

Para mim, foi uma oportunidade de ter contato com outras atividades que eu não tinha até o momento, já que os pilares do PET são ensino, pesquisa e extensão.

Como eu entrei no mesmo ano da implantação, eu conhecia pouco do que era o programa. Porém, eu notava que havia apenas em cursos ou elitizados, ou de turno integral. Por isso, eu via o PET como um grande avanço para mim, mas também para o curso de Letras.

Por ser a primeira turma, também foi uma oportunidade de construir a imagem do PET que ficaria para os anos seguintes, ao mesmo tempo, íamos descobrindo o que era.

O passo inicial foi ler o projeto que venceu o edital de implementação, as atividades previstas e fazê-las se tornarem práticas, de forma inovadora, ofertando também ao público da universidade e fora dela, visto que era importante que o PET tivesse atuação mais social.

Por isso abaixo, eu listo algumas atividades que desenvolvi e foram bastante marcantes na minha trajetória como petiana.


Minicurso (pilar ensino)

Como exemplo, estavam previstas atividades de monitoria, mas já sabemos que existe um programa de monitoria na universidade, que normalmente está vinculado a uma disciplina, com bolsistas ou voluntários.

Por isso, na época, conversamos sobre quais eram as maiores dificuldades dos alunos do curso, daí surgiram temas como escrita acadêmica, pronúncia de língua inglesa, ortografia etc. Desses temas, formatamos os minicursos, com carga horária em sala de aula e com atividades extraclasse.

O meu tema foi Resenha e Fichamento, porque sempre foram gêneros solicitados nas disciplinas do curso, importantes para a pesquisa acadêmica. E uma coisa fundamental foi que esse minicurso deveria ser útil para a assistência, mas também para quem ministra, pois não importa o quanto você saiba sobre resenha, o quanto você escreva bem, é preciso ser acessível para o público.

Então, dividimos em fases, inicialmente fiz uma revisão bibliográfica sobre o tema. Neste momento, li muita coisa sobre pesquisa, a importância do fichamento para uma pesquisa; a função do ato de resenhar numa dissertação, numa tese, porque entendemos que a seção de Revisão da Literatura é uma espécie de resenha.

Recordo-me até do livro Como escrever uma tese, do Umberto Eco, que foi bastante útil, embora um pouco datado. Houve textos também que eu li e depois acabaram sendo úteis também para que eu pudesse ensinar redação escolar a um aluno, já que, muitas vezes, essas obras ensinavam a formulação de um parágrafo, como defender uma ideia.

Depois dessa revisão, foi necessário selecionar as leituras que seriam adotadas, por isso foi importante utilizar textos que havia na biblioteca, para que não ficasse oneroso para mim que era a ministrante e para os alunos, e que pudessem consultar futuramente.

E, além disso, como etapa, foi importante pensar nos textos em que seriam aplicadas as atividades, porque para aprender sobre resenha e fichamento, é preciso escrever nestes gêneros. Portanto, nós escolhemos os próprios textos de apoio para serem fichados e resenhados, textos sobre o mesmo tema, sendo assim praticamente um exercício de fixação daquele assunto.

Essa metodologia teve como função ter um minicurso mais compacto, mas também não forçar a ideia de ir longe para explicar bem um conteúdo, especialmente com a quantidade de material que se encontra na biblioteca e na internet.

Uma das críticas que construímos é que, ao ensinar um gênero, um professor traz um outro texto a ser resenhado/fichado, além das outras leituras, distanciando-se do contexto do aluno.

Lembro-me também que foi uma atividade bastante prazerosa porque eu pude trabalhar com textos de que eu gostava, levei resenhas de heavy metal, sobre a banda Angra. Levei resenhas de autores diferentes sobre o mesmo álbum, foi muito interessante porque pude explorar diversas formas de se fazer uma resenha sobre um mesmo objeto.

Inclusive algo que eu faria diferente, eu daria opção de o participante entregar uma resenha sobre algo de seu interesse ou uma resenha que foi solicitada a ele numa disciplina.

Outra característica muito bacana desse minicurso foi o fato de que alguns participantes eram do PET Geografia, por isso foi um intercâmbio muito legal.


Clube de leitura no Lar Ebenezer

Inicialmente a ideia era que cada petiano desenvolvesse seu próprio clube de leitura, em algum local específico, fosse na universidade, no terminal de transbordo, hospital. Citei esses locais porque foram levantados na época. Mas nós estávamos apenas em 4 inicialmente, e fazer em outro local requereria recursos, adquirir material, conversar com a administração de cada instituição.

Assim, levando em conta que seria uma atividade de extensão, sua função social, nós escolhemos o Lar Ebenezer. E esse trabalho foi bastante interessante porque ele foi além da leitura.

O Lar Ebenezer é uma instituição de caridade, que recebe meninas em situação de vulnerabilidade, localizado próximo ao Trevo da Bandeira, na saída para Caarapó. Havia crianças que eram alfabetizadas e outras não.

Inicialmente nós tivemos que reorganizar a biblioteca do local, porque havia muitos livros que não cabiam naquele espaço, já que muitos têm a ideia de que em doação se dá aquilo que não serve mais, e quem receber que lide com aquele material. Foi um trabalho que envolveu também algumas etapas.

A primeira foi separar os livros que poderiam ir para sebos, os que poderiam ser descartados e reciclados, já que havia muitos livros de escolas particulares, alguns datados, revistas de fofoca etc. Também incluiu a limpeza do ambiente, já que havia muita poeira, porque não se utilizava o local com frequência.

A segunda foi arrecadar doações de livros infanto-juvenis, histórias em quadrinhos, material escolar como lápis de cor, giz de cera, folha de sulfite, para que as crianças pudessem exercitar a criatividade também. Além de brinquedos, preferencialmente pedagógicos.

Nós fizemos uma grande campanha de arrecadação nas redes sociais, se eu não me engano, o PET conseguiu ganhar um edital e o espaço de leitura foi totalmente reformado.

E é importante ressaltar que mesmo com esse trabalho de reorganização, nós fazíamos brincadeiras, leituras com as meninas, em todas as semanas. Cada semana, um petiano se responsabilizava por promover uma atividade de leitura. Poderia ser uma leitura dramatizada, uma leitura coletiva, em que as meninas também lessem em conjunto.

Nos momentos em que as meninas realizavam a leitura, nós deixávamos muito livres para que elas pudessem errar, ninguém corrigia entonação, divisão silábica. E eu lembro de um fenômeno interessante em que elas começaram a se voluntariar para ler, pois havia muita resistência em uma leitura compartilhada.

Também realizávamos brincadeiras como corre-cotia, pular corda, dança das cadeiras, entre outras, porque tínhamos em mente que o brincar também era pedagógico.

Houve algumas vezes em que dividimos por faixa etária, cada petiano ficou com um grupo, porque havia crianças que não eram alfabetizadas, então foi uma dificuldade, haja vista que nosso curso não prepara para a leitura literária de crianças não-alfabetizadas.

Tenho uma lembrança muito interessante desse momento, porque ao separar por faixa etária, algumas meninas escolhiam os livros que queriam que lêssemos para elas, uma vez ou outra dava confusão, já que havia alguma que não queria esperar seu momento, ficava chateada, não queria participar, por isso precisávamos lidar com essas emoções.

Frequentemente nós também colaborávamos com ajuda em atividades escolares, já que as meninas eram só liberadas após fazerem o dever de casa. Às vezes apenas ler os exercícios com elas, colaborando na interpretação já ajudava bastante no andamento das atividades.

De fato, poderia ser um empecilho prepararmos atividades, descolocarmos até o Lar e o nosso público estar ocupado, mas acho que esse desdobramento era justo. Auxiliar numa leitura de um enunciado, numa interpretação de um exercício, é uma atividade de linguagem.

Uma das dificuldades foi conquistar um público leitor que se alinhasse às atividades por sermos bons mediadores, já que havia uma carência afetiva muito grande por parte das crianças. Para ser honesta, creio que talvez eu ainda tivesse essa dificuldade, entretanto atualmente eu investiria mais nas brincadeiras, no faz de conta.

Também foi um aprendizado imenso trabalhar com a leitura literária para esse público, porque você pode ser um bom leitor, conhecer títulos, mas só isso não basta, é preciso alcançar o leitor. O que demonstra que o trabalho como mediador literário é muito técnico, envolve afetividade, conhecimento, mas envolve técnicas.

Sublinho ainda que apesar de termos reorganizado a biblioteca da instituição, o Lar já contava com um acervo muito bacana. Recordo-me de ter proporcionado a mediação de Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado; As aventuras do avião vermelho, de Érico Veríssimo.

Essa atividade foi muito importante para mim, tanto que eu continuei a frequentar no ano de 2012, após a conclusão do curso voluntariamente, por ser próximo a minha casa. Eu só me desliguei totalmente quando iniciaram as minhas atividades do mestrado.


Acolhida e integração aos calouros

A acolhida aos calouros se deu de uma forma curiosa, uma vez que, a princípio, nosso objetivo era divulgar o PET-Letras, já que o início do grupo ocorreu quando havia apenas 4 bolsistas, a minha saída era certa, já que eu não pretendia cursar outra habilitação. Por isso, nós precisávamos divulgar o PET.

Com isso, foram reuniões sobre banner, folder, camisetas, blog (utilizávamos o Blogspot). Foi nesse momento que discutimos o logo do PET, quais ideias queríamos incutir com essa arte. Para a cor, se não me falha a memória, foi mantida a do curso. Mas almejávamos demonstrar com a logo a busca pelo conhecimento, que ele inicia com uma dúvida, que tem percalços.

E eu não me esqueço que no folder de divulgação do PET, nós inserimos o horário de ônibus da Cidade Universitária, pois nós pensamos “esses alunos não vão jogar nunca fora, eles sempre irão se lembrar do PET”.

Nosso objetivo era ter um estande para divulgar as futuras ações do PET, mas os calouros vinham nos procurar para tirar dúvidas sobre atividades complementares, disciplinas eletivas etc. E simultaneamente a coordenação tinha um calendário de atividades, assim, nós fomos convidados para controlar listas etc.

E com essa procura dos calouros, a atividade de recepção entrou no calendário do ano seguinte.

E foi uma atividade muito marcante, já que ficou clara a ideia de que uma boa comunicação é extremamente importante, que um acadêmico explicando a outro as obrigações do curso, às vezes é mais eficaz.


Atividade de pesquisa

Durante o PET, por ser o primeiro ano, cada petiano continuou com sua atividade de pesquisa, orientada por um professor, que ele já vinha desenvolvendo trabalho. Eu finalizei minha IC que eu desenvolvia com a professora Thissiane Fioreto e comecei a escrita de um Trabalho de Conclusão de Curso, de forma voluntária, já que na época não era mais obrigatório.

Eu utilizava meu tempo de estudos definido pela tutora, para a escrita do texto. Neste período, eu já tinha como objetivo ingressar no mestrado. Logo, foi uma forma de pensar num projeto, de avançar mais um pouco na pesquisa, lembrando que eu trabalho com o mesmo texto até hoje.

O espaço do PET-Letras para desenvolver as comunicações colaborou muito, haja vista que nós apresentávamos, em oficinas, as comunicações antes de ir aos eventos. Isso nos fez pensarmos em maneiras eficazes de apresentação, de apresentar com clareza.

Com esse distanciamento que tenho atualmente, hoje vejo que as comunicações, os simpósios são lugares de construção de conhecimento, que podemos levar as dúvidas, as indagações. Aliás, é importante que se levem as incertezas também.

O trabalho acadêmico de pesquisa, muitas vezes, é bastante solitário, por isso encarar os eventos como espaço de construção de conhecimento é muito importante. O conhecimento deve ser partilhado com os pares.

E eu levei isso para a minha carreira acadêmica. No espaço entre o mestrado e o doutorado, eu apresentei algumas comunicações, e eu sempre levava dúvidas, angústias, e eu consegui utilizá-las para escrever meu projeto de doutorado.


Viagem Cultural

Quando nós começamos a planejar as atividades do ano de 2011, resolvemos retomar a viagem cultural, já que ela está prevista no Projeto Pedagógico do Curso de Letras. A cidade escolhida foi Assunção, pois é uma capital de um país que está muito próxima de Dourados, é possível viajar pela manhã e chegar à noite. Nós a realizamos no feriado de 11 e 12 de outubro.

Essa atividade teve muitos entraves, porque tivemos que contratar uma empresa, houve algumas falhas na comunicação, íamos em um ônibus maior, acabamos viajando num micro-ônibus. Houve ainda pouca adesão dos alunos do curso de Letras.

Antes da viagem, tivemos que fazer propaganda para garantir que mais pessoas se interessassem, criamos um folder de divulgação, que distribuímos na entrada dos eventos.

Foi de certa feita uma intensa atividade de letramento, uma vez que tivemos que entrar em contato com a linguagem da publicidade para atrair interessados, lidar com os funcionários da empresa, portanto, houve todo um manejo de comunicação.

Para mim, a experiência enriquecedora, tivemos contato com uma culinária diferente, descobrimos que existem uns cinco tipos de chipa, visitamos alguns museus. Eu praticamente conhecia apenas Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, quase nunca tinha saído de Dourados, foi uma abertura para um mundo maior que o meu, de língua, costumes, culinária diferentes.


O Blogspot: a linguagem jornalística

A divulgação das ações do PET em uma plataforma online foi uma exigência divulgada na minha primeira participação no Interpet (Encontro dos Grupos PET da UFGD). Alguns grupos expuseram sua plataforma como forma de orientar os novos, pois foi um momento em que vários PETs novos foram formados.

Com isso, nós criamos uma conta no Blogspot, e começamos a trabalhar com a divulgação de nossas ações. Para tanto, foi preciso mergulhar numa linguagem diferente da usual acadêmica, com chamadas bastante claras e sucintas.

O mesmo que era divulgado no blog ia para as redes, às vezes com um texto mais resumido, pois trabalhávamos ainda com Orkut¸ Twitter... Então, havia uma transposição de suportes, que oportunizava a compreensão desse manejo de gênero, suporte, texto.

A vida pós-PET: Carreira profissional e acadêmica

Eu saí da graduação e, no mesmo ano da minha colação de grau, ingressei no mestrado, na UNESP de Assis. Quando eu estava no PET, eu já pensava em ingressar nessa instituição.

Uma das coisas que contribuíram também foi o incentivo para cursar uma língua estrangeira. E, no meu segundo semestre no PET, eu cursei espanhol, e isso ajudou bastante para realizar a prova de proficiência em Língua Estrangeira, porque como eu fui para outra instituição, eu desconhecia a prova, havia um modelo de projeto.

Então, dentro dos meus estudos, foi algo que eu não precisei me dedicar só para isso.

Em 2012, eu ingressei no mestrado, concluí em 2015, em janeiro, já que eram 2 anos e meio. Foi algo que eu quis muito, dentro dos meus objetivos de vida, que era morar em outra cidade, vivenciar outro espaço universitário academicamente.

Quando eu finalizei o mestrado, eu regressei a Dourados, na mesma época, havia um edital aberto para Professor Substituto, no curso de Letras da UFGD. Eu fiz a seleção e fui aprovada, como eu fiquei em segundo lugar, eu só assumi as aulas no final do ano.

Daí eu trabalhei de novembro de 2015 a novembro de 2017, ao encerrar meu contrato, eu também já tinha em vista cursar o doutorado.

No período em que fui docente, eu trabalhei, em maior parte, com Laboratório de Textos Científicos nos outros cursos, e com algumas disciplinas mais específicas do curso, como Teoria da Literatura, Leitura e Ensino. Outra disciplina que trabalhei bastante foi Estágio Supervisionado em Literaturas de Língua Portuguesa, devido à minha formação em Literatura, eu supervisionei por três semestres.

A ideia de o conhecimento ser compartilhado foi muito importante no meu período de docência, durante as aulas de estágio, eu convidei professores para ministrar oficinas, antes de os meus supervisionados irem para as escolas.

Depois do meu período trabalhando como docente, eu ingressei no doutorado em 2019. Eu levei 4 anos entre o mestrado e o doutorado, por isso eu acredito que é possível você voltar, não é preciso cursar continuamente, a vida é fluida.


Considerações Finais

O PET, para mim, foi um presente porque eu tenho amizades até hoje, reunimo-nos com determinada frequência. O curioso é que eu conheci alguns ex-petianos, com quem eu nunca convivi no PET, pois ingressaram em anos posteriores, e mesmo assim, são grandes amigos.

Creio que a cultura do grupo em ser harmônica, em cada um colaborar na pesquisa do outro, como leitores e futuros profissionais das letras, é algo que contribui para as nossas amizades se manterem firmes, mesmo depois de muitos anos.

Lembro-me também de eu me sentir bastante motivada em cumprir as atividades, devido aos desafios em trabalhar com linguagens diversificadas, públicos diversificados, desde a planejar uma viagem a levar uma leitura literária para um público ainda não alfabetizado.

Ao escrever este memorial, noto que houve aprendizado em pequenas situações, como escrever nas redes sociais, transpor do blog para o Twitter, é um trabalho linguístico. Por isso, é difícil quantificar a relevância do PET para a minha vida.

Relembrando a atuação com o clube de leitura, seria muito mais interessante se tivéssemos aprendido a trabalhar com as emoções daquelas crianças em situação de vulnerabilidade.

Portanto, eu diria que rememorar tudo isso, neste momento, foi um aprendizado, que nós erramos, adaptamo-nos.



Comments


bottom of page