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PET-Cine: Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

  • Foto do escritor: Myrella Araujo de Freitas
    Myrella Araujo de Freitas
  • 7 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de nov. de 2024

A edição de junho do projeto “Pet - Cine: Linguagem Fílmica”, foi realizada no dia 30 em conjunto com o grupo Pet Agronomia e Geografia. Para a atividade, foi escolhido o título Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, o filme teve onze indicações ao Oscar além de ganhar como melhor filme. 



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O enredo do filme é caracterizado por um aspecto não linear e mergulhado em multiversos, na premissa da possibilidade de saltar entre uma realidade paralela e outra, dos quais Evelyn, a personagem principal consegue visualizar versões e possibilidades de sua existência em outros mundos. Ao longo dos anos, a cultura pop tem abordado esse tema no cinema, o multiverso tem sido retratado na televisão, no cinema e nas redes sociais. Em termos literários é mais fácil trabalhar com essa hipótese, é mais fácil imaginar que temos outra galáxia que se assemelhe a nossa, assim desempenhando funções na literatura fantástica em termos de ficção. 

No  filme conseguimos compreender que a protagonista decide enfrentar a sua própria realidade. O filme coloca em questão a responsabilidade do homem diante as suas escolhas no mundo e como ele configurará o seu ser na existência originária. Desse modo, não só a Evelyn ou a Joy, mas todo ser humano é responsável pelas escolhas que faz diante das oportunidades em busca de sentido à vida.  

A produção de Daniel Kwan e Daniel Scheinert traz como estilo o multiverso, referindo a um conceito pseudocientífico da existência de vários universos possíveis. Apesar da narrativa apresentar diversas combinações, dentre elas as engraçadas e dramáticas, a produção não perde de vista o seu núcleo, que retrata a busca pelo sentido e propósito da vida. Essa é a problemática que contorna o filme, as ambiguidades da existência, os medos e as coragens, os sonhos e a realidade. É por meio dessas escolhas que Evelyn se vê em diversos cenários, como aceitar ou rejeitar a vida completamente. É possível aplicarmos a questão da Logoterapia a esse filme, onde é apresentado que a vontade de sentido é inerente à existência. O homem sempre aponta para além de si próprio em direção a alguma causa ou pessoa a quem serve ou ama, assim, depositando valores para as situações e como explica a logoterapia e a autotranscendência, é nesse momento que o homem é capaz de realizar a si próprio. 

Após a exibição do filme, os petianos e tutores comentaram a respeito da narrativa e suas impressões sobre a obra, as falas seguiram pelo viés de que é possível observar que o filme constantemente remete a uma pergunta central da existência de Evelyn, ou melhor, da existência humana: Qual o significado da vida? E como ressaltado acima, essa questão é central para  a perspectiva da logoterapia e da análise existencial. Por fim, as pessoas com o uso da tecnologia têm tido mais contato com as ideias de mundos paralelos e essas questões são tratadas no campo da filosofia. 



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