PET - Diálogo de saberes com Profa. Dra. Marisa Lomba e Me. João Vitor Rossi
- Gabriela dos Santos Cabrera
- 1 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de nov. de 2024
No dia 17 de junho, realizamos pela primeira vez a atividade PET-Diálogos de saberes com a presença da professora Dra. Marisa Lomba e do Me. João Vitor Rossi. O encontro aconteceu na modalidade online e aberto ao público, assim, conseguimos reunir um público com maior abrangência tanto de dentro quanto de fora da Universidade.
A palestra foi organizada pelos convidados com apresentação de slides e referências teóricas fáceis de serem encontradas na internet para estimular o público a estudar mais sobre sexualidade e questões de gênero, bem como entender melhor a organização social na qual estamos inseridos. João e Marisa ressaltaram, especialmente, a localidade onde nos situamos, pois aqui é necessário ter ainda mais cuidado para falar sobre essa temática. A partir desse comentário, já iniciaram a proposta de discussão: estamos a todo tempo reproduzindo e reconstruindo as questões de gêneros.
Como embasamento teórico, foi citado Foucault e as relações de poder que perpassam as estruturas de gênero colocadas como padrão na sociedade. E em diálogo com Antropologia e Sociologia, destacaram a busca por romper com a colonialidade do saber, do corpo e do gênero, uma vez que a sociedade espera de nós a aceitação de um supremacia da masculinidade, a qual está embrenhada no capitalismo e patriarcado. Desse modo, retroalimenta-se nas relações de poder e controle dos corpos para corresponderem ao que é solicitado, quando esse pressuposto é ferido, vemos casos de violências e mortes. Em uma realidade na qual se naturaliza tudo em “as coisas funcionam desse jeito”, mora a necessidade de construir o contra discurso.
Além de Foucault, também foi mencionado Butler e a performatividade -o gênero não é estável, leva muito tempo para se instituir, é discursivo. Além disso, a teórica fala sobre a essencialidade de se construir lugares seguros de debate para que o indivíduo possa se colocar e contrapor às imposições. A cultura mantém certos conceitos para manutenção da norma (comportamentos homogêneos) e controle da hierarquia, mantendo, dessa forma, o controle dos corpos. Nesse sentido, a invisibilidade leva a perda de direitos e ao não pertencimento.
Após os diálogos teóricos, abrimos para uma sessão de perguntas, compartilhamentos de experiências e compreensões sobre o tema. Foi um momento muito enriquecedor e que proporcionou diversas reflexões para nós, tanto como cidadãos, quanto formandos de licenciatura. Encerramos agradecendo mais uma vez a presença e disposição de nossos convidados Marisa Lomba e João Rossi. Esperamos nos encontrar em breve.
Revisor: Rafael Siqueira Vargas
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